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  • Foto do escritorAndrei Moscheto

Começar o Ano - Ensinar para aprender

Minha jornada dentro do Ki Aikido começou há mais de uma década, mas minha jornada dentro das artes marciais começou na infância. Tenho que agradecer aos meus pais por terem a maravilhosa ideia de colocar os filhos pra fazer judô quando ainda não era moda, quando não tinha escolinha dentro do seu colégio. O judô deu abertura pro tae kwon do, que deu abertura pro karatê, que deu abertura pro kendo, que deu abertura pra capoeira, que deu abertura pro kung fu, que deu abertura pro ki aikido.


Eu lembro de entender, quando comecei a fazer ki aikido por mais tempo, que eu tinha finalmente achado. Era essa! Eu finalmente descobri a arte marcial que combina com quem eu sou, que me dá filosofia. que oferece o amparo do corpo e da mente, que combina com o meu modo de pensar. Quando finalmente eu recebi a faixa preta a emoção foi muito forte - e ela foi aumento ao longo dos próximos dois dans.


Um momento importante no meio dessas faixas pretas foi quando eu reparei que os meus horários não estavam compatíveis com os treinos do Instituto e fiquei desesperado. Era como se eu estivesse perdendo uma parte importante da minha identidade, estava desconectando daquilo que me fazia tão bem. Foi nesse ponto que eu inventei uma aula que não existia ainda, logo pela manhã, que muita gente dizia que não iria ter alunos e que era até bobagem de tentar. Eu dizia que queria nem que fosse para ter dois momentos certeiros na semana que eu estaria com a mente voltada pra arte.


Tive algumas surpresas no processo:


- Acharam que não iria ninguém: as aulas matinais demoraram a "pegar", já dei algumas aulas particulares ao longo desses anos. Mas já tive períodos com 14 pessoas no tatame. Então a frase do filme Campos dos Sonhos é válida: "Se você construir, eles virão".


- Achei que iria treinar: não dá. Sua cabeça, corpo e alma fica focada no que os alunos estão fazendo. Você até pode rolar junto, fazer os mesmos exercícios, mas não é seu treino, é a sua aula.


- Achei que manteria meu contato com a arte: este foi o meu maior erro, o maior equívoco da expectativa versus realidade. Eu não mantive o contato com a arte, eu ampliei o olhar sobre ela! Isso não é mérito meu, é mérito dos alunos que me perguntaram (perguntam) coisas que não sei responder e, ao estudar sobre, responde a eles e a mim mesmo.


Por isso estou na expectativa do retorno das aulas porque mal posso esperar pelo que aprenderei este ano graças aos alunos.

Andrei Moscheto

3o. Dan de Ki Aikido

Coordenador do Instituto Shukikan

(aparentemente árvora de crianças)

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