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Como assim "Tegucigalpa"?

  • Foto do escritor: Andrei Moscheto
    Andrei Moscheto
  • 24 de set. de 2009
  • 2 min de leitura

Acho que estou confundindo a minha profissão de blogueiro com algum tipo de substitutivo para o confessionário católico, que não frequento desde os 15 anos de idade. Ou o divã do psiquiatra, ou a roda de amigos para quem, depois da segunda garrafa de vinho, você conta uns segredos enterrados debaixo do seu baú de memórias. Foi assim com o texto dos nojos. Meus amigos descobriram sobre o fato de não gostar de beterraba e agora usam isso coma minha nova kriptonita.

O paralelo com o Super-Homem vem a calhar, não por me achar invulnerável-invencível-inodoro-insípido-incolor e sexy com a sunga por cima da calça, mas pelo EUAcentrismo das notícias da nossa vida. Fora as baixarias do Sarney, as palhaçadas do milagre da multiplicação dos nossos vereadores e umas fofocas do meu condomínio (deus abençoe o porteiro bem informado), o lugar de onde mais tenho notícia é do norte da nossa América. Depois, da Europa (não toda ela, os "importantes"), Rússia, China. Daí vem o Japão, a Austrália e a África do Sul. Talvez o México, as coisas ruins do Oriente Médio, e a Argentina na hora de fazer piadas.

O resto do mundo não te parece uma grande mancha amorfa? Se alguém fizesse um teste com você, mostrando o formato físico desses países, quantos será que a gente acertaria? Acho que seria como um daqueles testes psicológicos de Rorschach, aqueles das manchas. A pessoa me mostra o mapa da Namíbia e eu falo "copo com canudinho"?


Foi uma redescoberta saber que Honduras existe, que tem um governo, e que é cheio de gente confusa como nós. Tem, ainda, um presidente deposto que usa chapéu parecido com o do José Eduardo, aquele banqueiro/político paranaense. Ambos fizeram compras baseados no seriado de tevê Dallas.


Lembra como eram difíceis os testes de geografia e que você, como eu, teve que memorizar Tegucigalpa? Fomos preparados na escola para, exclusivamente, entender a notícia que passa agora nos jornais e não achar que a embaixada brasileira está localizada em algum cemitério maia/asteca/inca (fiquei na dúvida de qual das tribos estava naquela região e me deu uma preguiça profunda de wikipediar ou googlar o assunto).


Será que as crises mundiais e guerras servem pra isso, para que lembremos dos países que não estavam detalhados no tabuleiro do jogo WAR?

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(mas isso você já sabia)

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